quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Atualidades Científicas


PESQUISADOR CONSEGUE O IMPOSSIVEL: MISTURAR ÁGUA E ÓLEO

Para conseguir a façanha, Pashley colocou água e óleo num recipiente e o submeteu a sucessivos congelamentos e descongelamentos, processo pelo qual pode-se retirar gás de um líquido. Quando quase todo o gás dissolvido na água foi extraído, aconteceu o inacreditável: "A mistura ocorreu espontaneamente, formando uma emulsão embaçada. Eu fiquei tão surpreso como qualquer pessoa", declarou Pashley. Como costuma acontecer nessas ocasiões, para não perder a primazia do feito, ele só divulgou o resultado da pesquisa depois de sua publicação numa revista científica de renome, o Journal of Physical Chemistry B, vol 107, p 1714.

Ainda é preciso que outros pesquisadores repitam a experiência e confirmem o seu resultado, ou seja, que essa mistura efetivamente ocorre, nessas condições. Uma vez confirmada, no entanto, as conseqüências dessa pesquisa são imprevisíveis - não pelo ineditismo, mas por suas implicações científicas.


Qual a importância disso para a ciência?


A impossibilidade da mistura da água e óleo tem justificativas solidamente assentadas em princípios físicos e químicos. Se a mistura ocorre, restam aos físicos e químicos duas incômodas opções: a primeira consiste em buscar uma nova explicação que justifique a mistura e o possível erro das explicações anteriores; a segunda opção é encarar a possibilidade de haver incorreção em algum dos princípios físicos que garantem ser essa mistura impossível. A dramaticidade de qualquer dessas duas alternativas está na dificuldade de se imaginar o que pode haver de errado.

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